Segundo a revelação da Palavra de Deus, que em boa hora produz
em nossos corações uma reação positiva, quanto à disposição de alguns em
confundir para estabelecer novos paradigmas, os quais ferem a Deus, contudo
demonstrando a verdade da sua Palavra revelada em Apocalipse 17, quando se refere à
visão da grande prostituta do tempo presente.
Partindo desta premissa, por uma questão
de ordem, ressaltamos aqui uma máxima que aprendemos a respeitar, Direitos
Humanos são para todos – proteção à vida, assistência e seguridade social, tudo
isso provocado e fiscalizado pela sociedade civil organizada, cabendo às
comissões de Direitos Humanos, como guardiãs desses mesmos direitos, a instrumentalização
legal, ou/e sua provocação e fiscalização.
Acontece,
porém que a Comissão de Direitos Humanos instalada na Câmara dos Deputados em
nosso país está mais preocupada em agradar, cada membro, seu eleitorado, fugindo
do seu papel tão importante. Discutem matéria de direito civil, como por
exemplo o casamento gay, e outros assuntos como a profissionalização de prostitutas, negligenciando assim
as gritantes necessidades primordiais desses grupos, em benefício da vaidade
dos seus ilustres representantes.
Toda essa atrapalhação faz parte da grande
babilônia que se levanta na esfera do poder, mas segue o rumo da revelação.
Antes, porém de traçarmos algumas linhas
sobre a visão, queremos definir o que seja prostituição sob a ótica espiritual
da Palavra de Deus. O dicionário apostólico da Bíblia Apostólica, anotada pelo
Apóstolo Estevam Hernandes, nos diz que prostituição é uma relação ilícita, quer
seja física, emocional ou espiritual; relacionamento carnal com o intuito de
proporcionar prazer em troca de algum benefício, sem aliança. É a venda de
valores morais e espirituais; prática de imoralidades visando lucro e favores
(Ezequiel 16). Inicia-se no coração (Mateus 15.19; Marcos 7.21) e ofende a Deus
(Ezequiel 16.26). Porque o corpo humano é templo do Espírito Santo, o homem
deve lançar para longe de si tal prática a fim de que Deus habite no seu
interior (Ezequiel 43.9; 1Coríntios 6.16-19).
Muito bem, a Palavra de Deus é clara, translúcida,
e serena, faz fronteira entre a inteligência intelectual e a inteligência espiritual,
e nós desejamos facilitar a sua travessia por essa ponte de conhecimento, que
quebra toda ignorância do tempo das paixões e vaidades.
A visão da grande prostituta está intrinsecamente
ligada ao poder em todas as esferas do sistema mundis.
E qual o papel da
Igreja que somos todos nós, diante dessa visão estarrecedora? Ficar de atalaia,
e comunicar de forma assertiva a revelação do Senhor para este tempo presente.
E o que está reservado às autoridades,
representantes do povo, e organizações da sociedade civil? Uma porção bem significativa,
guardar a Nação e sobretudo seu maior patrimônio, o ser humano, porque Deus o
amou primeiro.
Nessa linha de guardião da cidadania tem
trabalhado o Comitê Cedaw-ONU, que fiscaliza o
cumprimento da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
contra a mulher. Sendo a maior instância mundial para a defesa dos nossos
direitos, tendo sido conduzido esses trabalhos durante dois anos por uma
brasileira, a advogada Sílvia Pimentel, reeleita como membro por mais quatro
anos.
Lendo
sua entrevista recente à revista Cláudia, destacamos algumas declarações, abre
aspas:
ü A globalização aumentou o trânsito
nas fronteiras, elevou a migração e tráfico de pessoas, um negócio lucrativo,
que só perde para venda de armas e de drogas.
ü A origem é a fome, que faz com
que mulheres da África, Ásia e América Latina caiam na prostituição.
ü No Brasil, clandestinas da Bolívia,
do Haiti e Peru se escravizam em confecções. Sob pressão, costuram quase 24
horas em locais fechados e sujos. Não sei como as autoridades não intervêm
nesse escândalo tão comum em São Paulo.
ü Na África toda, usa-se o corpo
feminino para marcar poder.
Os fatos estão gritando, no mundo 600 mil
mulheres são traficadas todos os anos, urgem uma somação de esforços para
proteger a vida das nossas crianças, adolescentes, moças e mulheres. Conter a
prostituição é tarefa árdua, porque o comércio do corpo é aparentemente sedutor,
e as promessas de mudança de vida são muitas.
Enquanto advogada e conselheira da OAB/Se,
a Pastora Maria de Fátima Botto Nascimento ocupou o cargo de Vice-Presidente da
Comissão de Direitos Humanos, e como tal participou do Tribunal dos Povos, uma Entidade
Internacional que no final da década de 90 teve sua sede em Aracaju-Se, para
julgar os crimes de tráfico de meninas e mulheres no Brasil, cuja maior rota é
o nordeste. De lá para cá, a situação só piorou a cada dia, como sinal da inércia
dos tempos.
Como Profetas de Deus estamos aqui para
literalmente botar a boca no trombone, denunciando e revelando a Palavra de
Deus, que deseja a purificação (Jeremias 13.27) e o arrependimento (2 Coríntios
12.21; Apocalipse 2.21), pois a
prostituição traz terríveis conseqüências para quem a pratica (Ezequiel 23.29).
E quem a pratica? Quem participa da
babilônia, a grande prostituta?
O
retrato da queda dessa cidade construída pelo poder maligno, com a ajuda dos
homens separados de Deus, está em Apocalipse, e a babilônia simboliza a
totalidade do sistema mundial dominado por satanás que promove a iniquidade na política,
na religião e no comércio. O miolo da mensagem é que nada ficará ileso, toda babilônia
será destruída por Cristo na sua vinda (Apocalipse 17,18 e 19.11-21).
Jesus nos ensina a amar os pecadores e
denunciar o pecado, que assim seja. Quanto a elas, as prostitutas, tão sofridas,
temos o dever de protegê-las, inclusive da fúria oficial de satanás, que se
infiltra sutilmente nas esferas do poder para torná-las prostitutas de
carteirinhas, tentando banir toda a esperança que está em Jesus Cristo, que
veio para salvá-las, e fazer morrer essa prática (Colossenses 3.5), pois toda
obra da carne impede a entrada no Reino de Deus, o Reino das Filhas da Graça
(favor imerecido de Deus).
A Palavra de Deus salta aos olhos, afinal
Ele limpará os prostituídos que se achegarem a Ele e não restará lembrança
(Ezequiel 23.27).
Seja
na prostituição direta ou indireta, esta é a grande oportunidade de romper com
toda influência negativa do espírito da grande prostituta para fazer valer os
direitos das Filhas da Graça, e não sucumbirmos nos escombros da babilônia.